A ética personalista e conjugal na obra “Amor e Responsabilidade” de Karol Wojtyla

Resumo

Após 10 anos de experiência com a preparação de casais para o matrimônio, o então bispo Karol Wojtyla, cuja formação estava embasada no personalismo, na fenomenologia e na teologia de caráter tomista, havia concebido a ideia de elaborar uma obra que defendesse os ensinamentos da Igreja Católica sobre o amor conjugal a partir do ponto de vista ético e antropológico. Assim, precisamente dois anos após a sagração episcopal do jovem padre Wojtyla, estava sendo publicado, em 1960, o livro “Amor e Responsabilidade”. Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo analisar a importância da construção de uma visão sobre o homem e a mulher a partir da ética personalista (em contraposição a uma ética de princípio utilitarista) para a reta compreensão do amor humano e das relações interpessoais na abordagem de Wojtyla.